Segunda-feira, 14 de Junho de 2004
E chega à árvore antiga,
Prepara a corda que vai finalizar a sua vida,
Sobe para o velho banco,
Toma a última golfada de ar e salta...
Uma enorme luz no fundo
Do horizonte se ergue,
Num segundo,
O céu faz-se em chamas
E um relâmpago reduz a árvore em cinzas!
Sujo, levanta-se dos destroços
Sem uma única ferida a sangrar,
Nem uma dor a lamentar!
Heis quando se levanta o vento,
E com ele os negros restos
Ficando apenas alguns!
Escrito a carvão escuro
No chão aparecem as palavras:
"Pela árvore que sacrifico,
Pelas batalhas que travas,
Salvei-te!
Salva-te agora tu!"
E ao virar as costas para voltar a casa,
Sente que as raízes carbonizadas
Transformaram-se em asas!
{leio(-te) em palavras o que em ti sentimentos flúem © biquinha}
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